quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O Cerrado , A Secura E Eu

Não me lembro de ter esperado tanto a chuva chegar
como em setembro de dois mil e sete.
Brasília seca.
O concreto vibrava e o asfalto saltava aos olhos.
Hoje não.
Há algo mais seco neste mês de setembro.
Não sei bem o que é.
Talvez seja eu.
Talvez.

É tempo de estiagem em mim.
Acabou a chuva forte que caia do nimbo dos meus olhares.

Hoje essa secura me faz bem.
De repente isso tudo deu ânimo aos meus calcanhares.

Sou assim como o cerrado,que brota depois das primeiras águas
E soergue sobre as cinzas,
Cailandras na beira da estrada.
Sou torto também
e assumo que meu jeito retorcido incomoda.
Mas sobretudo me criei acreditando na ressureição da coisas belas

E foi assim que revivi depois de tantas securas.

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