chaleira velha apita:
-tá pronto o café,traga a xícara!
e lá vai Camila com a caneca,toda dispersa
menina que desenha estradas
sapatos velhos,meias furadas
finge pra si que tá tudo bem
passa antes na vitrola,coloca aquele disco do Coltrane.
Senta num canto.
Sente o vento manso.
Tenta mudar de posição.
Até as palavras cruzadas remetem ao que aconteceu.
o cheiro de melancia
as coisas que faziam
vontade louca de abraçar e sentir os abraços de novo.
como um amálgama.que não desgruda jamais.
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